A fatura está paga, promoção
O carrinho está cheio, prestação
Você não precisa, mas quer ter
Preencher o vazio, que é viver
Comprando a ilusão que te faz esquecer
Que o buraco é mais fundo, difícil de crer
Um clique, um vício, te vendem verdade
Refém da tela, sem identidade
Um sorriso comprado em liquidação
Tudo parcelado, outra transação
Desejo criado por programação
Não é liberdade, é dominação
Escravos
Moldado em vitrine digital
Vicio e consumo irracional
A fatura explodiu, se fodeu
Ter não é ser, seu valor já morreu
Ouro no alimento, no país da fome
Quanto mais se tem, mais se consome
O brilho da loja ofusca a pobreza
A criança costura a roupa da nobreza
Escravos
Obedeça a tendência
Por status, decadência
Mantendo o ciclo infinito
De ambição e consumismo
Acumulando desinformação
Futilidade é diversão
Onde tudo é descartável
E o egoísmo é incontrolável
Esportivos em rachas, barracos caindo
Ostentação é o pobre iludido
Luxo construído sob escravidão
Agora compre sua libertação
Escravos
Soberba, compulsão
Sempre o mesmo padrão
Escravos