Nenhum olhar é casa de ilusão de amor
Pois seja como for
O tempo cura o mal
E da ferida já fechada nasce a nova flor
Que se enraíza e muda a lama em cartão postal
E o tempo ergue o seu metal
E faz do sal da mágoa
Uma pedra de esplendor
E ao primeiro trago
Vem a embriaguez
De recompor num novo afago
Que a ilusão desfez
Daí se acende uma candeia
Que prontamente ateia
Fogo à solidão
É assim que a casa se clareia
E faz parede-meia
Contra o coração