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As Vózes Dos Negros (Ao Vivo)

Rapper Mano Daniel

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Salve, salve, rapaziada do rap Nacional, vamos chegar sempre na pura humildade e no respeito
Rap Nacional é desse jeito, quebrando as algemas do preconceito
Então vamos ouvir as vozes dos negros

Vida de negro é difícil, é difícil conter
Vida de negro é difícil, é difícil conter

Escuta parceiro o que eu vou falar, representando os negros o bicho vai pegar
Chegando na humildade, pronto pra lutar, sempre de peito aberto, eu não vou parar
Porque nesse momento eu fico imaginando, observando as coisas que estão se passando
Já vem de muito tempo, há centenas de anos

Vamos falar dessa realidade, voltando em um passado de crueldade
Porque eu tô ligado que é embaçado, seres humanos levados pra serem escravos
Humilhados muitas vezes, torturados
E jogados como nada, em poros lotados
Isso sempre foi presente na humanidade, desde sempre existiu essa maldade
Olha só, veja bem a desigualdade, desvaloriza a cor da pele, mas com a verdade

E quantos anos se passaram e nada mudou
Quantos negros morreram porque se rebelou
Aguentou, suportou a brutalidade
E até hoje ainda lutam pela igualdade
Mesmo lembrando dos seus antepassados, acorrentados
Em grandes navios jogados, eram homens, mulheres sendo arrebatados
Pelo carrasco, todos eram amarrados
E dos pés a cabeça eram torturados

Agora veja que agonia e que tristeza
Em cada canto, da direita pra esquerda
Não é surpresa se deparar com a fraqueza
E sem ter o que fazer, é mais uma presa
Um algo fácil, eu falo com clareza
E solto a voz, sem medo de quem quer que seja
Sem represália, um porta-voz da raça negra
Que não teme a nada, isso com certeza
E aonde quer que esteja

Que não esconde a cara diante da covardia
Mas quem diria, se isso acabasse um dia
Mesmo assim, tô aqui, mais um ativista
Falando a real, sem trava na língua
Porque não é história tipo fictícia
São pessoas maltratadas, tiradas da lista
Ó meu senhor
E agora quem diria
Se tudo isso, quem sabe, acabasse um dia

Infelizmente é um sonho que não se realiza
É somente uma ilusão, uma ironia
Impondo barreiras e pedindo ainda
Que as vozes dos negros não sejam ouvidas
Nos quatro cantos do mundo, seja esquecida
(Seja esquecida)

Vamos ouvir as vozes dos negros quebrando as algemas do preconceito
Tanto sofrimento e falta de respeito então vamos ouvir as vozes dos negros
Vamos ouvir as vozes dos negros
Quebrando as algemas do preconceito
Tanto sofrimento e falta de respeito
Então vamos ouvir as vozes dos negros

Agora eu vou continuar com o meu assunto
Não é discurso e nem falta de conteúdo
É simplesmente a realidade
Que me deixa puto, revoltado, confuso
Eu não me iludo com o passado
Que parece estar no presente
Sentir é uma coisa e passar é diferente
Como a brutalidade dos senhores escravos
Dando risada dos negros sendo escoteados
Até mesmo pelos próprios semelhantes
Que eram obrigados e não era o bastante

Vou adiante, relembrando esse absurdo
Que se exploda o carrasco e até o jagunço
Que são covardes, movidos pelo preconceito
Daquele tipo que não merecem meu respeito
Meu rap tem poder sobre a maioria
Inspiração do quilombo até hoje em dia
Posso ser bronco, mas o sangue negro corre ainda
Nas veias de um guerreiro, um ativista

Se Deus quiser, até o final da minha vida
Do meu estilo e do meu jeito que intimida
Naquele tempo, os medos seguiam a risca
Era senhor, vós me sentia, mas ainda
Um dialeto obrigado junto à regalia
Veja bem e tire uma conclusão
Não podemos ficar calados, isso não

Porque aqueles que ficaram de Sol a Sol
Com a pele rasgada como um velho lençol
Sem água, sem comida, sem direito a nada
Não só a pele, mas também a alma castigada
Por isso a voz do rap se mantém viva
Raízes negras que muitos se identificam

A mãe África chora, mas não se intimida
Com esse mundo que é cercado por racistas
Parece que a escravidão não acabou ainda
Vou seguindo a rima e a ideologia

Se ainda tem muita coisa pra ser falada
De tanta crueldade pra ser revelada
De muitas vezes castigados sem pretexto
Eram punidos com requinte de todo jeito
Com membros decepados, o final era feio
Cadê o respeito a todo povo negro?

Aqui vai meu apelo
É, pra voz do desespero

Vamos ouvir as vozes dos negros quebrando as algemas do preconceito
Tanto sofrimento e falta de respeito então vamos ouvir as vozes dos negros
Vamos ouvir as vozes dos negros quebrando as algemas do preconceito
Tanto sofrimento e falta de respeito então vamos ouvir as vozes dos negros

Ainda bem que existiram os abolicionistas
Em prol da liberdade dos negros um dia
Princesa Isabel e mais alguns na lista
Tiveram seus nomes marcados em cartas de
Ofôrria Depois de tanta luta, enfim uma conquista
Foi assinada a Lei Áurea, salvando vidas
Vidas que até hoje a descendência explica
Zumbí dos Palmáres foi a prova viva
Carregando no corpo todas as feridas
Principalmente com a alma corrompida
Pelas marcas que nunca foram esquecidas

Sou mais um narrador dessa história triste
Que falam que é passado, mas ainda existe
Mesmo depois de muitos anos de sofrimento
Minha revolta aumenta e eu não aguento
Tanta injustiça sobrando lamentos
Que por centenas de anos vem ocorrendo

Não vou parar por aqui, tô de peito aberto
Lutando até o final, cabreiro e esperto
Enquanto a minha voz não for calada
Vou ouro o dedo na ferida e pular na ba
Sem receio e sem medo de represália
Escute bem, não ignore essas palavras
Salve, salve, liberdade tão esperada
Que depois de muitos anos foi conquistada
Com muito sangue derramado que deixou marcas
Na pele negra, mas também na pele parda

E mesmo longe das correntes e a mordaça, não vou parar por aqui, tô de peito aberto
Lutando até o final, cabreiro e esperto, enquanto a minha voz não for calada
Vou ouro o dedo na ferida e pular na bala, sem receio e sem medo de represália
Escute bem, não ignore essas palavras, salve, salve, liberdade tão esperada
E mesmo longe das correntes e a mordaça, perto das dificuldades que ainda se passa
Nos quatro cantos do mundo a voz do negro diante do preconceito, mas nunca se cala
Guerreiros de fé, palavras soletradas palavras
Que enriquecem e lavam a alma

Quebrando as algemas do preconceito, libertando das correntes, impondo respeito
Sempre na fé na luta daquele jeito, então vamos ouvir as vozes dos negros

Vamos ouvir as vozes dos negros quebrando
As algemas do preconceito tanto sofrimento
E falta de respeito então vamos ouvir as vozes dos negros
Vamos ouvir as vozes dos negros quebrando
As algemas do preconceito, tanto sofrimento e falta de respeito
Então vamos ouvir as vozes dos negros
Vamos ouvir as vozes

Aê muito obrigado a todos aqueles que fazem parte do rap nacional
E também a todos aqueles que fizeram e ainda fazem parte da cultura negra
Muito obrigado
Um forte abraço, fiquem com Deus, até mais

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