Acelerando alto, o ronco ecoa no morro
É CB 1000 na pista, hoje eu tô de novo no jogo
CB 1000 no grau, ela grita que é braba
Olha o corte no giro, cê vê que não é piada
Capacete espelhado, o ouro brilha na cara
Favela venceu, e hoje a moto é a mais rara
Na garupa vem a gata, perfume importado no ar
Ela me chama de rei, quando escuta o motor roncar
Escapamento estrala, pneu cantando na rua
Enquanto os curioso filmam, eu sumo tipo fumaça na lua
Me lembro dos tempo sofrido, sem nada no prato, sem rumo
Hoje é giro no ponteiro, e escape fazendo barulho
De chinelo pra Oakley, do busão pra nave no asfalto
CB 1000 na visão, só quem vive sabe o salto
CB 1000 no grau, ela grita que é braba
Olha o corte no giro, cê vê que não é piada
Capacete espelhado, o ouro brilha na cara
Favela venceu, e hoje a moto é a mais rara
Cromada, rebaixada, com neon piscando forte
Passo na quebrada lento, é só olhar – sente a sorte
Recalque bate no peito de quem duvidou da subida
Mas hoje o progresso é certo, é CB que leva minha vida
Na rodovia eu acelero, vento na cara, visão de águia
Com Deus na garupa e os mal-olhado na falha
No tanque é gasolina cara, no bolso é nota de 100
O som do motor é poesia, é liberdade também
CB 1000 no grau, ela grita que é braba
Olha o corte no giro, cê vê que não é piada
Capacete espelhado, o ouro brilha na cara
Favela venceu, e hoje a moto é a mais
Rara