Tudo é tão perfeito
Paz na purificação do ar
Água cristalina desce do leito
Do verde-azul do mar
A órbita gira para a vida brotar
Tão longe quanto poderia
Na rotação de um dia após outro
A noite é diamante, o dia é ouro
Você quer o endereço da casa?
Antes da guerra, nos manda a carta
Com o selo do nosso país
(A via láctea)
Com o código postal da cidade de Ofir
(O sistema solar)
Daí chegarás à nossa rua
(Órbita sua)
O homem cria a máquina
Para fazer uma faxina seletiva
Planeta Robô sem força estática
Não restará quem respira?
E a máquina destrói o homem
Onde os reis colidem
Vamos fazer tal trajetória
Quase circular
Ano após ano, exata distância do Sol
O homem nunca esteve só
Na velocidade do dia e da noite
Não mais veloz, a ventania destruiria
Não viva o ontem, viva o hoje
Mais lento você congelaria
Há um escudo
Campo magnético sobre o Planeta Azul
Radiação Cósmica em curso
Contra o Norte e o Sul
Rola a bola giratória de ferro fundido
(O centro da terra)
O homem pensou estar incumbido
De iniciar a guerra
O homem cria a máquina
Para que o sirva
Planeta Robô sem força estática
Poupará uma alma viva?
E a máquina destrói o homem
Onde os reis colidem
Com milhões de bombas de hidrogênio
Uma página escrita
Na coroa do Sol em um milênio
A eternidade pode ser vista
O ozônio bebe radiação ultravioleta
Saciedade quase completa
Humanos e plânctons a salvo
Pelo escudo versátil e seletivo
Luz e calor para a vida
Ciclos naturais abastecem a casa
E levam o lixo para fora
(Aqui e agora)
As plantas e as bestas saem
Para ensinar os criadores
Biomimética contra Darwin
Seleção natural dos construtores
O homem cria a máquina
A máquina o elimina
Planeta Robô sem força estática
Escassez da vida?
E a máquina reconstrói o homem
Onde os reis colidem
Criacionismo, evolucionismo
Adão prematuro, primatas, neandertais
Posso confiar em tudo isso?
Qual vazio te satisfaz mais?
A criação revela quem somos
A ciência cura, salva
Mas onde paramos?
A fé cega é o que cavalga
O engenheiro examina
Os ramos da microevolução
Macroevolução na lâmina
Do microscópio da criação
Espécies surgem de repente
Desaparecem rapidamente
O homem de Marte despreza a terra
Armagedom de sentinela
O homem cria a máquina
A máquina o domina
Planeta Robô sem força estática
Recriação da vida
A máquina morre com o homem
Os reis desistem da autocracia
Fósseis desenham a vida
Crer na evolução também é um ato de fé
Criacionistas e fundamentalistas
Conduzem a gênese em marcha ré
O astrólogo vê os astros
Com uma lupa de madeira
Ele segue os rastros
De um cisco na poeira
Stanley Miller e sua criação
Qual a explicação?
Beba a sopa nuclear
Ou viaje através da célula
Abra o DNA e leia o código genético
O planeta sintético
Derruba a árvore de Charles
Tente outra vez, e quem sabe
O homem cria a máquina
A máquina da criogenia
Os robôs ficam sem força estática
Não há fôlego na narina
A máquina morre com o homem
Os reis desistem da soberania