Bem à deriva do peito
Num ponto que, se desfeito
Nem nota aquele que vê
Bem solta, só por um fio
Salta aos zói feito um pavio
Quando o acende o bem querer
Num ponto equidistante
Entre o sereno e o sufocante
Entre olhar e absorver
Tá no fundo de uma alma
Que, da paz do outro, faz calma
E da dor faz seu sofrer
Onde mora a dor do outro
É o que vou lhe dizer
Por mais contrário que seja
Tá no amor de quem deseja
Que essa dor deixe de ser