Medo de quase nada, aprendi com a quebrada
O mundo cobra caro, mas minha alma não se abala
Me arrependo de quase, só do tempo que perdi
Tentando agradar quem nem tava torcendo por mim
Homem formado, lapidado no aço
Feito pra guerra, mas buscando o meu espaço
Somos tão jovens, com o sangue fervendo
Mas calado nessa caixa? Isso eu não tô mais vivendo
Sentado no alto de um prédio, olho o mundo embaixo
Pensando no próximo passo, sem medo do fracasso
A vista é bonita, mas o corre é pesado
Tô jogando xadrez com o futuro traçado
Memória afiada, cicatriz não some
Cada dor me ensinou a manter meu nome
Já chorei no escuro, já sorri no sufoco
Mas nunca perdi a fé, nem quando tudo era pouco
Voz de quem viu demais pra se calar no caminho
Levo a favela comigo, nunca tô sozinho
Mente inquieta, coração blindado
Entre a revolta e o sonho, sigo equilibrado
Sentado no alto de um prédio, olho o mundo embaixo
Pensando no próximo passo, sem medo do fracasso
A vista é bonita, mas o corre é pesado
Tô jogando xadrez com o futuro traçado
Não vim só pra existir, vim pra marcar estrada
Voiterk no mic, com a alma armada
Fugindo da caixa, moldando o destino
Com os pés na favela e a visão no infinito