Despertei no suspiro do tempo
No silêncio que dança no vento
A razão se calou num momento
E o amor se fez meu fundamento
Vi verdades guardadas na pele
Como cartas que a vida revela
Cada lágrima antiga é pincel
Desenhando a alma mais bela
É no caos que a alma acorda
Feito flor que rompe a borda
Não se ensina, não se força
Ela vem, quando a dor se entorta
Despertar é renascer do nada
Com o peito em paz e a mente alada
Já fui sombra, já fui tempestade
Hoje abraço a minha verdade
Caminhando com leve vontade
Sou poema em plena liberdade
As correntes viraram canções
Os espinhos, sutis orações
Cada queda, um degrau no caminho
Cada dor, um abraço sozinho
É no caos que a alma acorda
Feito flor que rompe a borda
Não se ensina, não se força
Ela vem, quando a dor se entorta
Despertar é renascer do nada
Com o peito em paz e a mente alada
E o que era peso virou asa
E o que era chaga virou brasa
O que era medo, agora é dança
No compasso da esperança
É no caos que a alma acorda
Despertar, é luz que transborda