Achei refúgio em meus próprios pensamentos
Porque a realidade não tem nada a me oferecer
Forjei tantas conquistas, moldei tantos feitos
E implicam com o tempo que insisto em perder
Deitado aqui olhando pro teto
Esperando alguém me levar pro além
Quem quer que seja
A qualquer hora
Para o alto, baixo, raso ou fundo
Só não quero mais ser um peão no xadrez do mundo
A minha cela é minha própria cabeça
Da qual planejo nunca escapar
Já perdi tudo vivendo lá fora
Pra onde os detentos querem voltar
Viver já não é mais dádiva
Quando se não é mais ignorante
Observo as massas desfrutarem
Do que imaginam ser fascinante
Deitado aqui olhando pro teto
Esperando alguém me levar pro além
Quem quer que seja
A qualquer hora
Para o alto, baixo, raso ou fundo
Só não quero mais ser um peão no xadrez do mundo