D9 D5- D9
Quando a lua iluminou o sol a pino
D5- D9 D5- D9 D
Vi traçado meu destino na noite de Calcutá
E Bm
A amplidão desajuiza minha mente
C G A7
Já vejo incontinenti um continente se espalhar
D9 D5- D9
A invernada tá chegando alvissareira
D5- D9 D5- D9 D
Ninguém da Guarda costeira vai honrar meu panteão
E Bm
Espero sempre por um barco de partida
C G D
Não ancoro minha vida num porto de antemão
Bm F#m G
Eu vivo numa bancarrota suicida a mulher da minha vida
A7 Bb°
Quer me desadulterar
Bm F#m
A vida segue como um trem descarrilhado
E A7
Tomara que acordado eu não pare de sonhar
D9 D5- D9
Trago na cara esse supercilio torto
D5- D9 D5- D9 D
Deus queira que eu esteja morto e enterrado num caixão
E Bm
E me alevante qual zumbi descompensado,
C G A7
Requebrando no quadrado um maracatu-canção.
D9 D5- D9
Eu trago sempre na soturna do meu canto,
D5- D9 D5- D9 D
Um bocado de espanto pra zombar dessa nação
E Bm
E desagrego me esvaindo pelos dedos
C G D
Não guardo nenhum segredo, mas não tenho objeção
Bm F#m G
Tentei fazer uma poesia estupefata, colorida, que maltrata
A7 Bb°
E arrebata o coração
Bm F#m
Mas descobri que tava toda pelo avesso,
E A7
Nem lembro nem desconheço quem roubou minha razão
D9 D5- D9
E me despeço como quem nunca se foi
D5- D9 D5- D9 D
Um tchau com cara de oi pra endoidar sua razão
E Bm
Meu desatino não saiu de improviso,
C G D
Muito estudo foi preciso pra fazer essa canção