Em caixas antigas, dormia um papel
Com cheirinho de tempo em cores de mel
Ali eu guardava o que o peito dizia
Segredos que o mundo nunca descobriria
Moldava com carinho, sem medo da mente cansada
Com tintas arranhando a página amarelada
Será que alguém vai se importar?
O tempo é um vento que sopra no ouvido
Não vale a pena deixar escondido
É o que faço por mim
Pra me fazer sorrir
Se a palavra me abraça, deixo o resto fluir
É remédio pra curar as rachaduras da alma
Histórias Reais que sempre trás calma
Se estiver feliz, será mais fácil seguir
Meu caderno amarelo, jardim de saudade
Folhas secas que só contam verdade
Páginas marcadas em sorriso e choro
Pedacinhos que valem Muito, um tesouro
Posso ser um qualquer lugar ou um lugar nenhum
É o meu mundo onde não entra qualquer um
Não tenho pressa
Não vou me censurar
Libertando palavras pra que possam se encontrar
É sobre gritar sem fazer barulho
É pintar em silêncio o próprio orgulho
É o que faço por mim
Pra me fazer sorrir
Se a palavra me abraça, deixo o resto fluir
É remédio pra curar as rachaduras da alma
Histórias Reais que sempre trás calma
Se estiver feliz, será mais fácil seguir
E se alguém me ouvir
Que ouça de verdade
Com o peito aberto
Sem pressa, sem maldade
Cada frase é um barco que solto no mar
Se tocar alguém, já valeu navegar
É de onde vim e onde vou chegar
É sobre ser, viver é onde vou estar
É conhecer, entender onde vou ficar
É o que faço por mim
Pra me fazer sorrir
Se a palavra me abraça, deixo o resto fluir
É remédio pra curar as rachaduras da alma
Histórias Reais que sempre trás calma
Se estiver feliz, será mais fácil seguir