No meio do caos, meu peito ainda sente
Amor verdadeiro, na selva dos indiferentes
Tu era flor, no concreto rachado
Entre sirenes, gritos, e o ódio estampado
Vi no teu olhar uma fuga, tipo abrigo
Enquanto o mundo inteiro só quer sangue e castigo
As ruas são frias, corações blindados
Mas tu aqueceu onde eu tava congelado
Tentei mudar, mas a guerra é diária
Entre a razão da quebrada e a emoção que me rasga
Te amei no silêncio, no crime e na dor
Mesmo sem prometer, jurei pra mim esse amor
Não sigo pegadas, quando eu sei que são as suas
Prefiro o caminho errado, do que seguir outras ruas
Se for pra cair, que seja com tua presença
Pois até no fim, tua ausência é minha sentença
Coração de aço, mas por ti bate lento
Amor de favela, no meio do sofrimento
Se for pra viver, que seja contigo do lado
Se for pra morrer, que seja te tendo abraçado
Tu dizia: Se cuida, com medo no olhar
Enquanto eu saía armado, pronto pra tudo encarar
Mas o maior perigo era perder tua fé
Cair no abismo e não ter quem me resgate de pé
Na cela fria, teu nome ecoava
Cada carta tua, minha alma embalava
O mundo quer ver a gente em pedaço
Mas tu colou em mim igual tatuagem no braço
Tu é minha fuga sem rota
Minha cura sem receita
Minha flor no deserto
Minha verdade perfeita
Não sigo pegadas, quando eu sei que são as suas
Prefiro o caminho errado, do que seguir outras ruas
Se for pra cair, que seja com tua presença
Pois até no fim, tua ausência é minha sentença
Coração de aço, mas por ti bate lento
Amor de favela, no meio do sofrimento
Se for pra viver, que seja contigo do lado
Se for pra morrer, que seja te tendo abraçado