B
Sentindo saudade da roça
G# C#m
Terra que era nossa resolvi rever
F#7
A tempos que eu não voltava
B
Ao lugar que eu morava e que me viu crescer
Andar pelas verdes campinas
F#7
E a agua da minha de novo beber
E B
Mas confesso quando lá cheguei
F#7
Ao lugar que a infância passei
E F#7 B
Quase não pude reconhecer
Não havia mais os arvoredos
G# C#m
Cheguei a ter medo da evolução
F#7
A paineira de tronco frondoso
B
Estava em repouso de baixo do chão
Rego d’água movia o monjolo
F#7
Secou o seu solo com a devastação
E B
E a madeira dos nossos currais
F#7
Com o fogo dos canaviais
E F#7 B
Só ficaram cinza e carvão
Nossa casa meu primeiro abrigo
G# C#m
Talvez por castigo nessa solidão
F#7
A varanda tinha desabado
B
Somente ficou de pé o salão
Quando entrei pisando no entulho
F#7
Talvez por orgulho do meu coração
E B
Encontrei um quadro sem moldura
F#7
Lá no prego da parede escura
E F#7 B
Com a fumaça do velho fogão
Com meu lenço tirei a poeira
G# C#m
Então a primeira imagem surgiu
F#7
Era a foto daquela fazenda
B
Que hoje as moendas da usina engoliu
E na sombra da velha paineira
F#7
Boiada carreira na foto saiu
E B
Vi meu pai com seu cavalo branco
F#
Na verdade confesso sou franco
E F#7 B
Nessa hora meu pranto caiu
( B A# B D )
C#
Apertando no peito o retrato
A# D#m
Pressenti de fato meu pai e meus irmãos
G#7
Ouvi passos pelo assoalho
C#
E o cheiro do alho invadiu o casarão
Pois mamãe fazia na cozinha
G#7
Arroz com galinha verdura e feijão
F# C#
E a maninha com delicadeza
G#7
Colocava o forro na mesa
F# G#7 C#
Prá servir a nossa refeição
C#
Parecia tudo real
A# D#m
Que até senti mal de tanta emoção
G#7
Resolvi deli me retirar
C#
E de volta pegar o velho estradão
E levando somente comigo
G#7
Este quadro antigo pra restauração
F# C#
Muito triste voltei pra cidade
G#7
Mas voltando a realidade
F# G#7 C#
Sei que os tempos jamais voltarão