Era pra ser até o fim
Na saúde, no choro, no sim
Mas hoje é cada um pra si
E o lar virou, um triste jardim
Você diz que a culpa é do tempo
Mas o tempo só prova o intento
Prometer e depois desistir
Na dificuldade fugir
E as fotos?
Foram jogadas no chão
E os votos?
Viraram papel em vão
Quantos lares desfeitos, corações divididos
Crianças em silêncio, passos partidos
Será que lutar ficou fora de moda?
Será que amar virou coisa boba?
Promessas jogadas no chão
Sem dor, sem perdão
Não digo que é fácil ficar
Mas fugir também não é amar
É preciso saber consertar
Antes de tudo abandonar
O que aconteceu com o esforço?
Com o ‘a gente’ acima do gosto?
Hoje o ‘eu’ vale mais que o ‘nós’
E no fim, só restam vozes sós
E os planos?
Ficaram no porta-malas
E os sonhos?
Viraram só palavras ralas
Quantos lares desfeitos, corações divididos
Crianças em silêncio, passos partidos
Será que lutar ficou fora de moda?
Será que amar virou coisa boba?
Promessas jogadas no chão
Sem dor, sem perdão
Eu não julgo, só lamento
Quando o amor vira passatempo
Tão rápido se diz adeus
Como se não fossem dois, fossem só seus
Quantos finais poderiam ser recomeços
Mas faltou coragem no meio dos tropeços
Amor não é só poesia
É cruz, é dia após dia
Promessas não são descartáveis
São sementes, são confiáveis