Recordei o prazer num mau bocado
E sorri como um recado para encarar o futuro
E se há lugar onde a culpa arrefece
Aqui há quem tropece a mostrar a compostura
Às escuras ninguém perde a razão
E já me custa fazer das tripas canção
Sem armas pra cantar agora
Quando o tempo cobra sem deixar que haja um final
Se algum dia fiz a escolha certa
Ainda não a vejo em mim
Gastei a tinta toda pra ter lugar à sombra aqui
Apago tudo à espera que a sorte a mude
Mas o impasse tão depressa me deixou tentado
A ver tudo ao contrário
São traços da modernidade
Atraso tudo a fazer com que isto dure
Mas não disfarço a promessa de ir a qualquer lado
Ela é que desfaz a mim
Quantas folhas é aterraram no chão?
E tantas outras que se fizeram carvão
Pra ver o aconteceu agora
Quando o tempo cobra sem deixar que haja um final
Cheguei tarde onde a cantiga espera
E fiquei a vê-la ali
A um passo do que importa
Um bom filho a casa torna enfim
Apago tudo à espera que a sorte mude
Mas o impasse tão depressa me deixou tentado
A ver tudo ao contrário
São traços da modernidade
Atraso tudo a fazer com que isto dure
Mas não disfarço a promessa de ir a qualquer lado
Ela é que me desfaz a mim
Fugi pra perto do fim
Pra novos tempos, não prometo ter a cura
E se o desfecho que eu prevejo está aqui ao lado
Melhor é acabar assim