Não é porque nasci no Mato
Que sou diferente
O meu português é curto
Mas você entende
O jeito quando falo sempre
Parece engraçado
Não aprendi do jeito certo
Mas sou educado
Entro e saio em qualquer lugar
Sou respeitado e sei respeitar
Não dou motivo pra ninguém falar
Desse matuto brabo
Minhas mãos calejadas
É do cabo da enxada
Do puxar do gado
Pelas vaqueijada
Vivo essa rotina
De cabeça erguida
Vou levando a vida
E tocando a boiada
Refrão
Eu sou vaqueiro bruto
Mas amo a vida de gado
Meu esporte é vaqueijada
Nessa faculdade tenho doutorado
Essa é minha origem
Riqueza que não abro mão
Coração só tem orgulho
De morar no meu sertão