Trancado no quarto olhando para o teto vendo o tempo que parece não passar
Me sinto preso com fantasmas como a ideia de te relembrar
E a todo instante vejo vultos de teus detalhes e pela porta se apagar
Tentando te esquecer querendo enlouquecer ouvindo a mesma música que só faz te lembrar
Sinto entorpecer e sem fé de tanto chá e café já que o álcool não sei tomar
Lá fora faz frio e segue nublado e aqui dentro sinto calafrio da tempestade
Um arrepio que vaza como um mar de sal no meu olhar
E agora o que me sobra é saudade uma lacuna da metade que meu peito fez para ti de lar
Disfarçadamente eu olhava em direção onde estava na intenção de saciar os meus desejos de lhe ver
Entretanto me desesperava, pois no mesmo instante o coração disparava
E pela boca saltava e até esquecia de bater
Ali eu ocultava e para o horizonte eu olhava com sua imagem
Tão nítida em minha mente que gravei naquele segundo ao olhar para você
Oh Deus como vou dizer a ela que ao passar do tempo só penso nela
Me inspirando aqui ao escrever e que não tenho dom e nem sou poeta
Mas me declaro aqui junto ao vento como um alívio momentâneo para não enlouquecer
É tão bom, mas não sei explicar o que me prende e me faz render ao teu olhar
O teu encanto em qualquer canto paralisa até o meu pensar
Me hipnotiza e sempre me pego olhando distante para o horizonte
E sem piscar e é tão bom me deparar contigo que distante é um castigo
E te ver em qualquer lugar é um sonho se realizar