A criança em mim faz formas no ar
Janela vira brinquedo pros olhos passear
Respiro o lugar pra dentro, pra poder guardar
Piso no agora e o corpo quer decolar
Letreiro conta histórias, cortina vira canção
Balanço vira batida, banco marca a pulsação
Guardo o cheiro e o tato não fico na gravação
O lugar me olha de volta, presente em cada estação
Três, dois, um, eu paro
Respiro fundo
Desligo o automático
Minha voz confirma: Agora
Sonho não é destino, é jornada
É janela aberta no ritmo da viagem
Se deixo pra depois, a estrada é fechada
Se piso no agora, crio coragem
Rádio no aleatório, a gente inventa o refrão
Farol vira constelação, pedágio, percussão
Vento afina o canto, café de mão em mão
O mapa se escreve vivo no pulso da direção
Não é lugar é encontro
Não é meta é rito
Ver com os próprios olhos
Respirar o infinito
Sonho não é destino, é jornada
É janela aberta no ritmo da viagem
Se deixo pra depois, a estrada é fechada
Se piso no agora, crio coragem
Sonho não é destino, é jornada
É janela aberta no ritmo da viagem
Se deixo pra depois, a estrada é fechada
Se piso no agora, crio coragem
Volto sem chegar
Trago o caminho comigo
Cheiros e canções na pele
O sonho vira abrigo