De onde estou eu vejo a Morada Velha
Recanto seco, onde papai nos criou
Fica distante da cidade muitas léguas
Tão esquecida como o sorriso da Flor
Um pouco à frente vejo aquela casinha
De onde brotam as lembranças que me esperam
Eu chego a ver o meu velho no caminho
Saindo de lá cedinho, pra lavar as muitas terras
Quando chegava era aquela alegria
Pode trazer pros seus filhos alimentos
Nas suas mãos, percebia o seu martírio
Calos expostos, ai, meu Deus, que sofrimento!
Ganhava um beijo da mulher muito amada
Que lhe ajudava a superar toda essa dor
Mesmo privados das regalias dessa vida
Estavam sempre dispostos a enfrentar essa correria
Esse é meu pai, homem forte, bem marrento
Trabalhou no sofrimento, pra quê? Pra cuidar de nós
Só resta a gratidão pra esse exemplo de pessoa
Que enfrentou numa boa o que muitos lhe diriam não
Ganhava um beijo da mulher muito amada
Que lhe ajudava a superar toda essa dor
Mesmo privados das regalias dessa vida
Estavam sempre dispostos a enfrentar essa correria
Esse é meu pai, homem forte, bem marrento
Trabalhou no sofrimento, pra quê? Pra cuidar de nós
Só resta a gratidão pra esse exemplo de pessoa
Que enfrentou numa boa o que muitos lhe diriam não