O tempo escorre feito areia, um rio que não cansa de passar
E a gente navega em apneia, com medo de no raso encalhar
Cada dor, uma âncora pesada, um nó na garganta a sufocar
Até que uma voz, na hora exata, nos ensina de novo a respirar
Um encontro, um simples cruzar de olhares, um universo a se expandir
E de repente, mudam-se os lugares, e a gente se permite, enfim, sorrir
Há uma força que brota do avesso, das cinzas que o mundo insistiu em deixar
Um recomeço que não tem preço, um novo jeito de se olhar
As feridas, que antes latejavam, viram solo fértil, um jardim
E as palavras que nos acalmavam, florescem dentro de nós, sem fim
É a educação no bom dia que soa, a gentileza num gesto qualquer
A mágica que a alma abençoa e nos faz mais fortes do que se crê
E uma palavra pode mudar tudo, curar o que no silêncio ficou
Um sopro de afeto, um novo mundo, no exato instante em que o encontro aconteceu
Que o verbo seja o nosso abrigo, a ponte pra seguir em frente
Pois em cada som, em cada amigo, a vida se revela um presente
Que as horas não nos tornem rudes, que a pressa não nos faça esquecer
Que as mais belas virtudes, moram no simples ato de dizer
Eu te vejo: Fica um pouco mais, obrigado por me escutar
São esses pequenos rituais que fazem a esperança despertar
E uma palavra pode mudar tudo, curar o que no silêncio ficou
Um sopro de afeto, um novo mundo, no exato instante em que o encontro aconteceu
Que o verbo seja o nosso abrigo, a ponte pra seguir em frente
Pois em cada som, em cada amigo, a vida se revela um presente
A vida se revela, um presente
Em cada palavra, um novo Sol nascente
Um novo Sol, pra gente