Uma semente foi plantada
A traição e o abandono
Mas vai custar muito caro
Pra qualquer ser humano

E nós sabemos que nós já pagamos
Pelos erros dos seus ancestrais
E os nossos filhos também pagarão
Pelos erros dos nossos iguais

Às vezes eu me pergunto
Por que será que alguém nos criou?
Criou a dor, criou o sofrimento
Por que será que ele criou o tempo?

E como tudo isso foi criado?
Deve ser muito complexo
E com certeza essa explicação
Não caberia nesse texto

Acho que todo ser humano é Deus
Eles se dividem em infinitos seres
Acho que nós sempre existimos
E também viveremos para sempre

Uma hora chega o fim
Mas é só um recomeço
Coloque os pensamentos pra fora
Não morra com esses sentimentos

Muitas coisas que eu aprendi
Mas eu não posso te falar
Talvez seu sistema de crenças
Não vá deixar você acreditar

Eu não posso ter medo
Tenho que ser forte
Quanto mais você trabalha
Mais você tem sorte

E quando a mente treme
Entre o sonho e o viver
É nesse instante silencioso
Que o espírito tenta dizer

Do tambor nasce o som
Da voz nasce a canção
Talvez isso somos nós
Em estágio de REM

Ao menos posso questionar
Como o jovem Basquiat (ya, ya)
Por que o tom da pele
Limita onde podemos chegar, racista?

Em estágio de REM
Em estágio de REM (ya, ya)
Minha realidade vou pintar (tá, tá)
Como o jovem Basquiat (ya, ya)
Sua pirâmide eu vou derrubar

Alguns dias não seriam especiais
Se não fosse a chuva
A alegria não seria tão boa
Se não fosse a dor da vida turva

Me olho no espelho, já não me reconheço mais
Tudo que vejo é minha projeção em ruínas
Olho nos meus olhos
E vejo a esperança dos meus iguais

“Não distribuirei entorpecentes
Nem cartas suicidas. ”
Profanar palavras ao vento
Não é a minha sina

A vida deixa cicatrizes
Físicas e mentais
Vou catalisar a dor
Das feridas emocionais

Pois a grandeza da vida
Não está no que conquistamos
E sim no que superamos
O Divino nos coloca à prova
Pra darmos o nosso melhor

Apenas saiba que você não está só
Venha segurar minha mão
No andarilho do perdão
Caminharemos juntos por esse mundão

Eu sei da prisão na sua mente
O nome dela é desconfiança
Então ouça minha letra
Entre kleps e bombos –
Deixa ela ser sua fiança

Meus pensamentos tão gritando
Meus gritos tão se libertando
Ser rebelde só no plano mental
Não vai adiantar

Não entendeu o que eu quis falar?
Desperte desse REM –
É hora de acordar

Do tambor nasce o som
Da voz nasce a canção
Talvez isso somos nós
Em estágio de REM

Ao menos posso questionar
Como o jovem Basquiat (ya, ya)
Por que o tom da pele
Limita onde podemos chegar, racista?

Em estágio de REM
Em estágio de REM (ya, ya)
Minha realidade vou pintar (tá, tá)
Como o jovem Basquiat (ya, ya)
Sua pirâmide eu vou derrubar

O mundo tenta me calar
Mas minha arte não se ajoelha
Cada traço é resistência
Cada verso é centelha

Desperta
O sonho é o primeiro passo
Mas acordado a gente
Derruba impérios