Yakekerê, bota água na quartinha
Yaô na camarinja
Hoje é dia de xirê, xirê
Yalorixá, vai louvar as ancestrais
Essas mães fundamentais
Tem no sangue o poder
São elas que atravessam Kalunga
Vencendo demanda e kiumba
Oceano avermelhado
Guerreiras assentaram em Salvador
Florescendo nova vida, um quilombo protetor
É coisa de santo ê ê, é coisa de santo ê ah
Liberdade e poder, resistência é lutar
Na fé do meu Pai Osalá
Eu vou prá Barroquinha incorporar
Tão linda a força que move a matriz
Minha raiz africana
Une o terço e a guia, reza a Ave Maria
A realeza soberana
No fundamento de Odé
Nasceu o primeiro terreiro
Da Casa Branca à tradição Nagô
O ventre do axé brasileiro
Kaô kabicile Sangô
Meu sangue é preto, é ancestral
O toque do tambor resiste no meu carnaval
Asé do povo preto, asé do povo preto
Levado à Bahia, legado de ketu
O meu terreiro é protegido por Ogum
Camisa 12 vem no toque do adarrum