E vem chegando mais uma do Sanfonaço. Baseada em fatos reais
Fui num fandango em Serafina Corrêa
Retoçar uma vanera na Semana Farroupilha
Entreverado no meio da gauchada
E a cordeona resmungava me tapando de alegria
Um xirú véio desses bagual de campanha
Criado no pão com banha, roliço feito bolacha
Deu um suspiro e a peleia tava pronta
Estufou demais da conta, estourou o zíper da bombacha
Aperta aqui, aperta ali, puxa de lá
A bombacha estorada e o baile por começá
Aperta aqui, aperta ali, quase que racha
O índio véio estufado e o arame do alambrado
Firmando o zíper da bombacha
Mas tchê, vem cá! Me conta uma coisa... Tava grande o negócio?
Foi o churrasco animal
Mas na querência temo parceiro pra tudo
Arrodeando um bombachudo pra dar um jeito na desgraça
Um loco véio clareando com a lamparina
E o outro de relancina costurando a tal bombacha
O muieredo se partindo na risada
Sapateando na calçada e o povo erguendo a crista
É importante que a nossa amizade cresça
E que tenha a mesma força da bombacha do baixista
Não vai me dizê que tu perdeu o botão também
Fuja loco!
Tô falando do botão da bombacha
Desfarçadito pra ninguém notá o estrago
Tocava meio de lado, preso igual pinto no ovo
Mas o vivente tava inchando disfarçado
Tava igual guri cagado lá no meio do retoço
Foi balançando igual balaio de rengo
E a bombacha firme se vendo bem loca pra se escapá
Passou a noite no surungo apavorado
E o zóio meio envesgado com vontade de mijá