Amanheceu, e as nuvens ainda guardavam o orvalho
De uma madrugada selada pela presença do Eterno
Homens se levantam para saquear a esperança
Pisando o campo que nossas mãos regaram com suor
Mas há um clamor que sobe do lagar
Um homem escondido entre medos e tarefas
Malhando trigo, sustentando promessas
Com os olhos fitos em Deus, mesmo sem entender
E veio a voz que rompeu o silêncio
Gideão, não temas! O Senhor é contigo!
Não faltará o pão, nem o azeite, nem o socorro!
A tua casa não conhecerá a fome!
Não é por força, nem por espada
Mas pelo Espírito do Senhor!
O exército será pequeno para que saibam
Que a vitória não vem dos homens, vem de Deus!
Marcharão em fé, não pelo número
Levantados pelo favor e não pela fama
Porque o Senhor não divide Sua glória
Ele vence com o improvável, fortalece o que se escondeu
Levanta-te, ó valente!
Malhavas pão, mas o céu te via como guerreiro!
Tremia a tua mão, mas o coração foi achado fiel!
E agora marchamos com a palavra liberada
Nunca faltará o pão!
Nunca secará o lagar!
A provisão virá até pelos que antes não criam!
Porque o Deus dos Exércitos cuida dos seus!
Ouça a profecia: O anjo do Senhor não dorme!
O maná não cessou no deserto e não cessará no vale!
O Deus que envia corvos também quebra muralhas!
E quando tudo parecer pequeno, será o bastante
Quando a força faltar, a graça levantará
Quando a porta se fechar, o céu abrirá janelas!
Nunca faltará o pão!
Ninguém da tua casa conhecerá a fome!
A tua mesa será testemunho do cuidado eterno!
E essa prova vai ter fim!
Porque o Senhor já decretou: Vitória!
A vitória é sua, creia!
O Senhor peleja por ti, Gideão!