Não venho com palavras bonitas
Nem com aparência que impressiona
Mas trago um coração que já tentou andar sozinho
E aprendeu que só vive aos Teus pés
Minhas mãos vazias não têm o que oferecer
Só o quebrantamento de quem já foi alcançado
Pois quando a alma se derrama de verdade
O céu responde com misericórdia renovada
Não há véu, nem culpa, nem vergonha
Que o Teu amor não consiga atravessar
Eu sou barro marcado, mas nas mãos do Oleiro
A rachadura vira testemunho
Vê, Senhor, que não me escondo mais
Destranca o que ainda está guardado dentro de mim
E transforma minha dor em adoração
Pois até o choro, quando Te alcança, vira canção
Não há véu, nem culpa, nem vergonha
Que o Teu amor não consiga atravessar
Eu sou barro marcado, mas nas mãos do Oleiro
A rachadura vira testemunho
O altar que hoje eu ergo
É feito com as pedras da minha dor
Mas sobre ele, derramo tudo
Pois só o Senhor sabe o valor da entrega
E quando a alma se derrama sem reservas
O céu não fica em silêncio
Desce resposta como fogo
E faz do quebrado um instrumento