B7M
Num fundo, ermo de campo, onde quem cruza se vai
C#m
Quase costeando o Uruguai, num rincão desses comuns
E B7M
Existe um silêncio eterno, de se "escutá" o pensamento
C#m C#m7/B A7M C#m/G# F#
E uma porteira do tempo, que dá caminho pra alguns
B7M
A vida tem alma de estância, e conhece cada picada
G#m D#m
Recorre toda a invernada, quando a quietude repecha
E B7M
Vem buscar sua verdade, no que não tem argumento
C#m C#m7/B A7M C#m/G# F#
Onde a porteira do tempo, só dá razão pra quem fecha
B7M G#m
Onde se invernam saudades, dessas que a gente constrói
E F#
E ninguém sente que dói, por lhe guardar no passado
G#m D#m
Tem um palanque cravado, no campo do esquecimento
C#m E F#
Pois a porteira do tempo, só dá cruzada pra um lado
B7M
E neste fundo de campo, "adonde" fiz meu rincão
C#m
É que existe um coração, ferido a ponta de sabre
E B
Que se curou por solito, mas não cuidou sentimentos
C#m C#m7/B A7M C#m/G# F#
Vendo a porteira do tempo, só dar destino a quem abre
B7M
A retranca é mais pesada, por fechada a vida inteira
G#m D#m
Tem entre a trama e a tronqueira, um cadeado em abandono
E B7M
Só que lhe cortem os fios, pois só cruza o adeus do vento
C#m C#m7/B A7M C#m/G# F#
Porque a porteira do tempo, só dá o limite pra o dono