Se me refiro a você
É porque não sinto vergonha
Se eu não peço perdão a Deus
Adeus! Eu digo adeus
Não tenho a quem perdoar
Não tenho inimigos
Mas sou propenso à maldade
Estou vizinho ao crime
Vou ao céu e demoro um instante
Vou à terra e não me sinto como antes
Mas se não paro pra pensar
Penso tudo torto e penso
Penso em dizer adeus
A nossa bala é de açúcar
De limão, de hortelã
De castanha de caju
Das nozes de avelã
Não é bala de madrugada
De gente desocupada
Assustando o amanhã
Adeus! Adeus!