És querer perto
És perfume, fragrante
Flagrante de taquicardia de suor de gotas
Gotas
Gotas
Gotas
Chuva, torneira, chuveiro, olhos, lágrimas, pálpebras
O amor... O amor é ego
Te ti me entrego
Acho que me contradigo e nego
Sentir-me-te relego
A nós laçados depois
Pois, porquanto, porque sim
Eu vim!
Ois e tchaus
Latidos são regionais e nem sempre aus
Há cachorros que não latem
Há cães que não farejam
Há eus que só dormem
Há astronautas que mortos só se putrefazem no espaço
Regaço da Terra
Tão pequena e tão grande
Tão abrigo e tão refúgio
Tão antitética e tão lógica
Tão morta e tão cheia de batucadas cardíacas
Músculos estriados... Nem abrigam sentimentos!
Corações... Nem são simétricos!
Amores...! Doem
Como se mergulhassem-me-te-nos em ácido láctico
Depletado em anos, talvez
No organismo sórdido capitalista selvagem
Sólida límpida ríspida sou eu é você somos nós
Perdidos em nós
Em teus olhos escuros
E meus olhos azuis