[Intro] Em D C
Em D C Em
Em
Tenho um redomão tordilho
Igual à geada que esquenta
C B7
Este fogão que me aguenta
Em
Um pouco mais amargueando
C D Em
Há muito espera escarvando
C D Em
Por conhecer as geleiras
C
De outras vidas tropeiras
Bm B Em
Onde foi pingo escarceando!
Em
E o meu bragado mestiço
C
Por entender de outras eras
Traz no couro a primavera
Em
No colorido das bragas
Que herdou, por certo, das cargas
C
Em que ostentava um lanceiro
E desencarnou – oveiro –
Em
No sangre frio das adagas
Em
O meu gateado cruzou
C
– Portal de tempo e distância –
E veio a ser nesta infância
Em
Que o meu guri carecia
Cruzar – portal fantasia –
C
E se apeiar do petiço
Para aprender meu ofício
Em
¬– Portal de campo e poesia
F B7
O meu picaço aragano
Em
Já não entende este mundo
D
Nas garras de Don Segundo
C Bm
Deve ter sido um pingaço!
E não entende o que faço
Am F
Neste meu tempo sem luz
B Bm
Se já viu Cristo na cruz
Em
– Devo entender meu picaço
Em D
Talvez ande nos bolichos
C Bm
Numa capa colorada
Am
Meu zainito – madrugada –
F
Que na cancha era um trovão!
B
E sumiu na escuridão
C#m Bm Em
No buçal de um salameiro
D C
Desencarna um parelheiro
Bm C
Pro sustento de um ladrão
Em
O colorado Caudilho
Renasce nos meus aperos!
C B7
É o couro no meu sombreiro
B Em
É lonca em cordas campeiras
C D Em
Estribo pampa e peiteira
C D Em
– Alma e prata refletidas –
C
Meu pingo retorna à vida
Bm B Em
Num par de botas potreiras!
Em
E assim te vejo tropilha
C
– Pelagem de tempo e luz –
Cada um cinchando a cruz
Em
Que Deus oferta a quem nasce
E, mesmo que o tempo passe
C
Oveiro negro e mestiço
Há de seguir nosso ofício
Em
Para quem teima e renasce
F B7
O meu picaço aragano
Em
Já não entende este mundo
D
Nas garras de Don Segundo
C Bm
Deve ter sido um pingaço!
E não entende o que faço
Am F
Neste meu tempo sem luz
B Bm
Se já viu Cristo na cruz
Em
– Devo entender meu picaço
Em
E assim te vejo tropilha
C
– Pelagem de tempo e luz –
Cada um cinchando a cruz
Em
Que Deus oferta a quem nasce
E, mesmo que o tempo passe
C
Oveiro negro e mestiço
Há de seguir nosso ofício
Em
Para quem teima e renasce
E, mesmo que o tempo passe
C
Oveiro negro e mestiço
Há de seguir nosso ofício
Em
Para quem teima e renasce