Pra viver o que sonhava eu resolvi sair de casa
Sem medo de nada eu coloquei o pé na estrada
E a minha mãe chorando na porta da sala
Me olhou bem nos olhos e me deu um abraço
Depois de abençoado eu segui minha jornada
Durante muito tempo eu fiquei sem palavra
Procurei o meu caminho, busquei meu horizonte
Olhava pro abismo de perto e de longe
Contra a minha vontade eu não sei dizer adeus
Sempre agradeço o que a vida me deu
Não procure a sua resposta
Na pergunta de outro alguém
Você carrega seu próprio mistério
O errado e o certo, o mal e o bem
Ainda me lembro muito bem quando eu cheguei nessa
Cidade tudo era novo nada era novidade
É tão estranho ser estranho numa terra distante
Tentando ser cópia do que eu nunca fui antes
Mas o tempo do meu verbo sujeito dissonante
Quem chega do passado sempre foi um retirante
Reconheço a minha dor declaro a minha guerra
E sigo no meu sonho sendo aquilo que não era
Quem viver aprisionado por aquilo não tem
É cego enganado mas a conta sempre vem
Não procure a sua resposta
Na pergunta de outro alguém
Você carrega seu próprio mistério
O errado e o certo, o mal e o bem
E na minha cabeça tão cheia de ideias
Sempre encabulada contestando a minha Fé
Aprendi que o impossível também acontece
E que a vida já é boa sendo aquilo que não é
Vão contar a minha história numa mesa de bar
Sonhador e solitário eu não vou negar
Que a vida é muito boa e a sorte é meu abrigo
Sou Poeta e sou louco, sou amigo e inimigo
Você diz que o sentimento é coisa pra amadores
Eu vivo e acredito em outros valores
Não procure a sua resposta
Na pergunta de outro alguém
Você carrega seu próprio mistério
O errado e o certo, o mal e o bem