Uma rabeca me corta o silêncio
Feita de folia, trazida de longe
Benzida no vento
Tamboreando verso em pensamento
Prece em poesia, dedilho de banjo
Choro de alegria
Rezei no pé do protetor
Alinhavando bênção
Meu olhar balança
Meu preto, meu santo de amor
Meu peito é teu andor
A fé é minha lança
Um rio que corta uma cidade
Barca que me invade
O cais dessa lembrança
Do tempo da contradição
Da dor da escravidão
A flor da irmandade
Então balança com jeito
Retumba bonito
As saias vermelhas em flor
Então balança com jeito
Retumba bonito
As fitas nas cores do amor