Eu sou dos Pampa, faceiro e feliz!
Vivo a vida do jeito que Deus me quis
Comendo um bom churrasco e tomando um chimarrão
Aqui a vida é Pampa, do jeito que eu gosto, tchê!
Outro dia, fumaça levantou-se lá dos Pampas
Saí no pinote pra ver o que tava acontecendo
Lá estava o Negrinho Pastoreio
E um gato-palheiro pampeano!
É, o boi búfalo berrando
Seguro nas garras do Cusco Campeiro!
O graxaim-do-campo vigiava a capivara
Querendo roubar o rango do parceiro tuiuiú pampeiro
Lá nas coxilhas, o tatu-mulita
Caminhando atrás da ema
E o vento minuano soprando forte
Balançando as flores campestres do Pampa
Espalhando perfume e o sereno da madrugada
O zorrilho, grudado no pé da árvore
De olho no João-de-barro alimentando os pequenos
E o sabiá-do-campo cantando nas copas dos pinheirais
Pra alertar o quero-quero, guardião dos Pampas
Que voa gritando – tchê! – avistou um Sanguanel
Rodeando a Salamanca do Jarau!
Pra salvar o João-de-barro da cobra mboiguaçu
Lá no campo os tuco-tucos gritam
E o índio quíchua se alarma!
Nas plantações de arroz, cantam os guarás e os chupins
Tchê, barbaridade! Afudê chimarrão!
Bah, o churrasco estalando no sal grosso bagualado!
A peixeira na guaiaca, ao meu lado – (eco)
Ala-putcha-tchê! Que tri legal!
Quantas gurias chegaram pra festejar!
O cusco nem aí pro balaqueiro – sai pra lá, sem-veia! (Eco)
O ginete biriva paranaense mandou o seu chasque
Vem campeando, procurando uma chinoca
Pra fazer companhia, tomar chimarrão
E saborear um churrasco na cabana do Jarau
O ginete biriva mandou o recado
Vem na vibe fatiota pra fazer o floreio
E com a chinoca bonita sua vida compartilhar!
Pampa, meu lar, terra de amor e paixão
Onde a vida é simples, mas a alegria é grande!
Pampa, meu lar, terra de chimarrão e churrasco
Onde o coração é livre e a alma é feliz!
Vai o abraço desse bagualado Mariano Wonzoski
Aos pampeanos do Brasil!
Viva o Paraná, Santa Catarina
E o povo gaúcho rio-grandense!