Nota de cem eu não tenho não, carro do ano também não
Em ter cartões não me empenho, nem quero pix na mão
Das 8 às 6 caio dentro, prato feito de pensão
Uma merreca de proventos pra sustentar um batalhão
Mas tenho um mundo em minhas mãos
É que nos fins de semana sou eu um bacana sempre a sorrir e a cantar
Me torno um sultão com um cavaco na mão
No samba eu sou mais eu, ruim de atuirar!
Por isso lhe digo compadre, sem ter azulzinhas de cem
Sem mordomias também, sou bem de vida, podes crer
Sei que a vida é madrasta com quem faz por merecer
O que tenho me basta, sou feliz sem nada ter!