Entro na sala
Vestido com uma camisa roxa
E meu chapéu na cabeça
Não te vejo perto da janela
Escondendo minha descrença
E quando me virei
Me admirei da tua beleza
Que queria criar asa
Tamanha proeza
Espantar essa tristeza
Confesso que te amei
Confesso que te amei
Ao menos uma vez
Através
Do seu jeito
De observar o meu momento
Eu que estava triste
Agora estava com o coração em riste
Olhando seu braço direito
Com o rosário perfeito
Abraçando tantos traumas
E aproximando nossas almas
Daqueles encontros fabulosos
Nas praças
Meu coração rendia graças
Era você quem esperei
Por toda uma vida
Tão indecidida
Confesso que te amei
E agora sei
Que aquele almoço
Com arroz arbóreo
Era puro alvoroço
Quase ilusório
Era tudo contra nós
E dançávamos como
Dançarinos
A nossa valsa do amor
Naquela tarde de certo calor
Deixasse na toalha
Como uma bela abelha
Teu cheiro
Tua marca
Que fez faceiro
Confesso que te amei
Ao menos uma vez
E não foi insensatez
Confesso que te amei
Ao menos uma vez
E não foi insensatez
Te dizer que você foi única
E será para sempre épica
O destino
Resolveu seguir o caminho do desatino
Nos afastou
Mas quem amou
Até mesmo os e-mails guardou
Pode ser a vida injusta
Mas o amor
Se fez vencedor
E talvez deixou
Uma porta aberta