Longe dos homens
Nem sinal dos carros e aviões
Nem caminhões a buzinar
Onde alguns poucos animais
Espreitam presas pra caçar
Longe da civilização
O solitário não se importa a solidão não lhe dói
À luz da Lua a noite é sua
E de ninguém mais
Não quis seguir nem conduzir ninguém
Não pensa em governar
Nem ter que obedecer a lei
Há muitos anos abriu mão de todo rito social
Pra viver como os ermitões
O solitário percebeu que no silêncio total
Surgem visões e conclusões do inconsciente
Mas ele sabe que a hora vai chegar
E se prepara pra voltar
E exercitar o que aprendeu
De volta em meio ao caos total
De volta a tudo que deixou
Compartilhar com seus irmãos
O sentimento mais real
De quem está pronto pro amor
O solitário não se importa a solitude é maior
À luz da Lua a noite é sua
E o dia é seu também