Saiu de casa sem olhar pra trás
Uma bolsa leve
Sonhos demais
Doze anos
O mundo era vasto demais
Encontrou um homem de olhar gentil
Um sapateiro com alma de fuzil
Cortou o silêncio com couro e fio
Ele venceu
Com as mãos calejadas
Ele venceu
Pelas ruas marcadas
Costurou seus dias
Remendou suas jornadas
Ele venceu
Com as mãos calejadas
Ele venceu
Pelas ruas marcadas
Costurou seus dias
Remendou suas jornadas
Martelo batendo
Ressoava o chão
Cada sapato
Uma nova lição
Na sola dos outros
Achou sua missão
Ele venceu
Com as mãos calejadas
Ele venceu
Pelas ruas marcadas
Costurou seus dias
Remendou suas jornadas
Ele venceu
Com as mãos calejadas
Ele venceu
Pelas ruas marcadas
Costurou seus dias
Remendou suas jornadas
Hoje
O menino que um dia partiu
Deixou no caminho o que nunca sorriu
Mas carrega no peito o que o mundo lhe viu
Hoje
O menino que um dia partiu
Deixou no caminho o que nunca sorriu
Mas carrega no peito o que o mundo lhe viu
Ele venceu
Com as mãos calejadas
Ele venceu
Pelas ruas marcadas
Costurou seus dias
Remendou suas jornadas
Ele venceu
Com as mãos calejadas
Ele venceu
Pelas ruas marcadas
Costurou seus dias
Remendou suas jornadas
Ele saiu de casa aos doze anos só levando uma bolsa com uma trouxa de roupa
Encontrou uma boa alma, um sapateiro que lhe ensinou a profissão
E assim o mundo ele venceu