Da poesia do poeta nascem versos multicores
Que têm endereço certo, são feitos de sonhos e amores
Tratam fatos do passado, do futuro e do presente
Das coisas que os olhos veem, das coisas que a alma sente
Com o pensamento em Deus, peço inspiração divina
Pra compor uma canção da mais bela e simples rima
Chamando a atenção de todos pra usarem o raciocínio
Pra que freiem seus impulsos, evitando o extermínio
Vejo exposto no mapa, o gigante Mato Grosso
Alvo de tanta ambição, terra de tanto desgosto
Foste tu, torrão querido, o meu berço singular
Que hoje noto dividido por um decreto sem par
Fizeram gato e sapato no teu drama incomum
Rechaçaram teus anseios, fizeram-te mais de um
Mato Grosso, meu estado, meu amigo
Mato Grosso, meu refúgio, meu abrigo
Ao invés de dividir-te, deveriam somar-te
Deveriam criar leis, leis para preservar-te
Da invasão desses de fora que destroem tua caça
Que destroem tua pesca, que só te trazem desgraça
Deveriam criar leis que impedissem, isso sim
Que as manobras do machado devastassem teu jardim
Deveriam criar leis, mas que fossem leis de fato
Para que tu, pelo menos, sobrastes como reserva
Porque o teu nome é mato
Mato Grosso, mato estado, mato amigo
Mato Grosso, meu refúgio, mato abrigo