Refrão: G D7 G
D7
Correu notícia de um gaúcho lá na estância do paredão
G
Tinha um cavalo tordilho negro foi mal domado ficou redomão
C D7
Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão
G
Dava o tordilho negro de presente pra quem montasse sem cair no chão
C D7
Eu fui criado na lida de campo não acredito em assombração
G
Fui na estância topar o desafio correu boato na população
D7
Era um domingo clareava o dia puxei o pingo e o povo reuniu
G
Joguei os trastes no lombo do taura murchou a orelha tive um arrepio
C D7
Botei a ponta da bota no estribo algum gaiato por perto sorriu
G
Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna montou e caiu
C D7
Saltei do lombo e gritei pro povo este será o último desafio
G
Tordilho negro berrava na espora por vinte horas ninguém mais nos viu
D7
Mais de uma légua o pingo corcoveou manchou de sangue a espora prateada
G
Anoiteceu o povo pelo campo procurando o morto pela invernada
C D7
Compraram vela fizeram o caixão a minha alma estava encomendada
G
A meia noite mais de mil pessoas deixaram da busca desacorçoadas
C D7
Dali a pouco ouviram o tropel olharam o campo noite enluarada
G
Eu vinha vindo no tordilho negro feliz saboreando a marcha troteada
D7
Boleei a perna na frente do povo deixei a rédea arrastar no capim
G
Banhado em suor o tordilho negro ficou pastando ao redor de mim
C D7
Tinha uma prenda no meio do povo muito gaúcha eu falei assim
G
Venha provar a marcha do tordilho faça o favor monte no selim
C D7
Andou no pingo mais de meia hora deu me uma rosa lá do seu jardim
G
Levei pra casa meu tordilho negro é mais uma história que chega no fim