As cordilheiras fervem nas entranhas
Pedras estranhas de valor sem par
Rubis, opalas, verdes turmalinas
Mil pequeninas contas de colar
Ali, no seu recesso sepulcral
Vive o cristal do quartzo laminar
Moendo fartas eras de degredo
Para em segredo se aperfeiçoar
Um dia, ao fuzilar da picareta
Refrata o Sol na rútila faceta
Numa explosão de repentina luz
Ah! Quanta gente existe, sem sabermos
Que há muito tempo ensombra-se nos ermos
Cristalizando amor em sua cruz!