Se a depressão vem torturar teu peito
Se nem respiras, nos arquejos da asma
Não achas bálsamo nem cataplasma
Olha o remédio novo que receito
Levanta ao céu o mais sincero preito
Para expulsar o íntimo fantasma
Que, em noite escura, o coração te pasma
A semear serpentes no teu leito
Pede que o Céu envie um anjo idôneo
Para amarrar de vez o teu demônio
E dissolver as culpas do passado
E quando o novo dia amanhecer
Teus olhos livres hão de perceber
Que Deus jamais saíra de teu lado