Por quê? Pra quê?
Tanta volta afinal
Não sei, talvez
Você viu tudo igual
E o que sobrou do fim?
Nada disso importou?
Resta nada em sua cabeça
Tu se perde em seus instantes
Na sua pose ignorante
Fotografa o seu fracasso e só
Você não vê
Esquece das próprias mãos
Igual tricô
Trança seus próprios pés
Não sabe caminhar
Esqueceu de seguir
E protesta aí parado
Ou corre atrás do próprio rabo
E não ouve o seu latido
Até a poeira na estante
Um tanto me diz mais
Na sua ideia torta
Eu não gasto espanto
Quando no meu sopro
Dobro e embalo o canto
Pra chegar igual tapa no seu pé do ouvido
Se não quer me ouvir
Já é tarde demais