Sei que sou desnecessário
Nem me surpreende o horário
Mas antes de mergulhar
No caos dos questionamentos
Que habitam o imaginário
Só queria uma chance
Mas respeito quem não quer ouvir
Eu tentar me expressar nos versos
Desse som Indie, gesto de um coração
Vá de uma vez, sem olhar pra trás
Ai, ai, ai
Ando meio cacofônico
Tipo toque polifônico
Com problemas pra comunicar
Eu nem tento ser irônico
Mas eu soo antagônico
E me perco quando vou falar
Sei que fui um asno
Na tentativa de sair desse marasmo
Cansativo e asmo
Pra deixar todo mundo
Com ainda menos entusiasmo
Pedra no sapato
Papo nem tão chato mas maçante
E a velha preocupação
De não soar deselegante
Sofro de um defeito crônico
Meu puto e meio atônito
Com os golpes que a vida dá
Tipo móvel anatômico
Com defeito arquitetônico
Que a longo prazo faz pirar
Sempre fui exagerado
Não precisa ter vergonha
De se sentir incomodado
Já tô mais que acostumado
A não ser fácil
De engolir no primeiro trago
Mas até tenho me mudado
Por não querer ser memorável
Por ser tonto e babacão
Com o Bolso cheio de ofensa e piração
Feito um imbecil icônico
Ornitorrinco amazônico
Impulsivo e pouco linear
Confusão de campo harmônico
Pandemônio babilônico
Meio dissonante ao tocar
Mantra que eu preciso decorar
Sempre pense antes de falar