Se eu tivesse sido avisado
Que o tempo nunca volta
Não deixaria voar com o vento
Como fiz a vida toda
Reflito a vida à toa, pois não voltará
Meus punhos cerram involuntariamente
E me fazem lutar
Pra tentar escapar da realidade
Que me consome
E vejo ao longe
Sinto a paz de verdade!
E eu sei que estou
À beira de um abismo aqui
Mas, alguém, sim, pode ver
Ou eu já morri aqui!?
Meus pés descalços sentem a areia
Enquanto o vento traz a brisa desse mar
Uma casa que construí na praia
Sonhos que nunca irei realizar
Mas sinto esse cheiro, estranho odor
Algo está a queimar, em mim já queimou!
Anestesiado, sinto os pés calçados
Estou caminhando rumo ao
Inevitável Destino
Eu deixo o resto com você
Em suas mãos está
Poderiam ter me avisado que
O tempo nunca volta aqui
Que tudo passa e não voltará!
Que tudo que não fiz
Quem deixei de amar
Por não me amar
Ficará vivo em memórias
Que tudo o que eu fiz
E o que deixei de fazer
Morrerá em uma memória!
Já tentei fechar os olhos
Pra fechar as portas desse submundo
Que com as provas mais concretas desse mundo
Pude contemplar
Existir
Mas como alguém que viu o lado de lá
Pode viver desse lado de cá?
Como alguém que caminha nas sombras
Fingindo que o Sol não existe
Algo que você não resiste
Algo que sem saber te aflige
Que eu posso ver e preferi descrer
Ignorando todo esse mal
Pra viver em um mundo natural
Incessante busca, material angústia
O que levarei no final?
Memórias!
Se posso salvar
Continuar histórias
Mesmo que eu me vá
Um dia minha vida exemplo será
De como o fim pode chegar!
Basta um tocar!
Poderiam ter me avisado que
O tempo nunca volta aqui
Que tudo passa e não voltará!
Que tudo que não fiz
Quem deixei de amar
Por não me amar
Ficará vivo em memórias
Que tudo o que eu fiz
E o que deixei de fazer
Morrerá em uma memória!