Se joga na festa, esquece o amanhã
Minha escola na rua pra ser campeã
Vem meu amor
Vamos viver a vida
Bota pra ferver
O dia vai nascer feliz na Leopoldina
Sou meio homem, meio bicho
O silêncio e o grito
Pássaro, mulher
Que pinta a verdade no rosto
Traz a coragem no corpo
E nunca esconde o que é
Pelo visível, indefinível
Ressignifica o frágil
O que confunde é o desbunde
Do que desafia o fácil
Canto com alma de mulher
Arte que sabe o que quer
Eu sou o poema que afronta o sistema
A língua no ouvido de quem censurar
Livre para ser inteiro
Pois, sou Homem com H
E como sou
O bicho, bandido, pecado e feitiço
Pavão de mistérios, rebelde, catiço
A voz que a cálida Rosa deu nome
A força de Athenas que o mau não consome
O sangue latino que vira
Vira, vira lobisomem
Eu juro que é melhor se entregar
Ao jeito felino provocador
Devoro pra ser devorado
Não vejo Pecado ao Sul do Equador