E ela desce a rua
Me voa quase nua
Me fisga pelo peito
Então me rasga ao meio
Enquanto isso eu vejo
Num pôr-do-sol vermelho
O seu grande seio
Me torne seu espelho
E nas molduras das paredes de concreto da cidade, você está lá
E nos subúrbios das favelas, das vielas, você está lá
Me conte o seu segredo
Daqui eu sinto medo
Pois nos teatros decadentes da cidade, você está lá
Te vejo em tons de nácar
Você é a Sabiaguaba
Meu sangue cor de prata
Ensopa a sua saia
O Sol como uma faca
Eu já não sinto nada
Só tento me esconder
Pra não mais te ver
E nas molduras das paredes de concreto da cidade, você está lá
E nos subúrbios das favelas, das vielas, você está lá
Me conte o seu segredo
Daqui eu sinto medo
Pois nos teatros decadentes da cidade, você está lá