Colocaram o barco na garrafa
Gravaram minha inicial no arroz
Água engarrafada, band-aid pra pirraça gangorra pra brincar a dois
Ampulheta o tempo na areia
Mágica nas cartas de papel
Correio magnético e o secador elétrico
O bloco de concreto arranha o céu
Corda repuxada na madeira
Pra vencer o Sol, ventilador
Caneta esferográfica, o abridor de lata
O gelo segue firme no isopor
O raio-x pra gente olhar pra dentro
Isqueiro acende o fogo na minha mão
A roda na mochila, o trigo dá farinha
E a farinha um dia vira pão
E o telescópio que olha para as galáxias tão distantes
Ignora a beleza do que acontece aqui
Pessoas fazem coisas
E eu me pergunto o que é que está por vir
Pessoas fazem coisas
E eu me pergunto o que é que está por vir