O Curandeiro põe suas mãos quentes na África, na América, no nordeste
E ele nunca se esquece
Tocando as cabeças, os ombros e as costas dos filhos teus
Pigmentando toda a pele
O Curandeiro lança seu olhar distante, traz brilho e traz vida
E toda a gente se arrepia
Encantador das plantas com sua canção que vicia
E tudo vira alegria
Ô-ô-ô
O Curandeiro atravessa homens feitos de vidro, por dentro homens tão vazios
E que não sentem o seu calor
Só não perpassa quem leva no peito um coração
Repleto de amor
Ô-ô-ô
Ô-ô-ô
O Curandeiro sela essa cicatriz, fui eu mesmo que fiz, mas quero me libertar
Me tranquilizo caminhando aos montes e me sinto puro sempre ao te encontrar
Ô-ô-ô
Eu aprendi com as histórias da vida, que mesmo sofrida, deve-se contemplar
Cada pôr e cada novo nascer, me faz estremecer, vamos juntos raiar!