É nas tardes azuis de campanha
Ao fundo musical de mil cigarras
Ao recital de pássaros caponeiros
Que se sangra o boi em grande farra
Ai! A dor brutal do gadario
Chorando! Chorando! A rês abatida
No ritual selvagem das cabeças
De bois e vacas em reza condoída
E farejam os animais apavorados
O lugar onde sangraram o companheiro
Na tarde mormacenta de ar parado
Aos berros de luto o lote inteiro
Era! Era! Era! Era!
Era! Era! Era! Era!
Era! Era boi!
I a há há! I a há há! I a há há!
Em um missal de campo aberto
Curvando-se, escarvando, berra!
O touro do rodeio insatisfeito
Num bravo funeral de guerra