Naquela tapera véia que o tempo já distroçô
G D
Morô zé dunga um pretinho valente, trabaiadô
A7 D
Foi o maió violero que deus no mundo botô
A7 D A7 D
Sua viola parecia um passarinho cantadô
Trabaiava o dia intero feliz sem se lastimá
G D
Mas quando a lua formosa no céu pegava a briiá
A7 D
Toda gente arrudiava pra ver o preto cantá
A7 D A7 D
Sua viola de pinho fazia as pedra chorá.
Acontece que a carolina, cabocla esprito de cão
G D
Bonita como a sereia mais que muié tentação
A7 D
Pra judiá do pretinho fingiu lhe ter afeição
A7 D A7 D
Querendo que nem criança brincá com seu coração
Coração de violero não é como outro quarqué
G D
É frágil que nem as pétlas de um mimoso mal-me-quer
A7 D
Que cai com o vento das asas do beija-flô do tié
A7 D A7 D
Perde a vida quando a abeia vem pra lhe roubar o mé
Por isso o pobre zé dunga magoado pela traição
G D
Não podendo mais güentá no peito a grande paixão
A7 D
Agarrado na viola e debruçado no chão
A7 Dm A7 D
Foi encontrado com um punhá cravado no coração