Hans, há quanto tempo escondes tua cara
Tentaste nos silenciar, mas a guerra não para
Vagas visões, vãs versões, forjadas no medo
Teu relato é veneno, vã vingança sem credo
Caiu a farsa, falaste a mentira com fera
Não somos selvagens, somos a tua espera!
Hans, se cala, engole tua história
Tua escrita é ferro, nossa força é memória!
Tu tens os teus desenhos, nós temos a nossa dor
Teu medo moldado, nossa pele é puro ardor
Teu punho é fraco, mas a nossa espada é forte
Os Tupinambás são fogo, e tu és só morte!
Caiu a farsa, falaste a mentira com fera
Não somos selvagens, somos a tua espera!
Hans, se cala, engole tua história
Tua escrita é ferro, nossa força é memória!
Percebe o peso da palavra que empunhas
Distorces o real e tu o envenenas com suas linhas
A lâmina de nossa terra corta a tua verdade
E não há perdão, nem pra tua falsidade!
Foste fraco ao ver o fogo que flameja
Teus olhos cegos não viam o que a alma proteja
Teu relato é só ressoar de um eco infiel
Nós somos Tupinambá, e a nossa história é o céu!
Caiu a farsa, falaste a mentira com fera
Não somos selvagens, somos a tua espera!
Hans, se cala, engole tua história
Tua escrita é ferro, nossa força é memória!
Foste cegado, mas o grito vai te abalar
Teu conto de mentira, nunca vai nos calar
Agora ouve o rugido, a revolta a bradar
Tupinambá é nossa voz, e ela vai ecoar!